segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Arquitetura Centrista

O centro de Florianópolis é composto por uma grande diversidade arquitetônica. A medida que vamos indo mais para os calçadões, os prédios vão se tornando mais antigos e na maioria mal cuidado. As janelas grandes e altas, paredes grossas e adornos nas beiradas são características da arquitetura de nossos colonizadores açorianos. As lojas coladas umas às outras, são chamadas casas germinadas, outra forte característica arquitetônica dessa colonização.

Ao mesmo tempo, vemos prédios altos e envidraçados, com suas estruturas de aço e paredes finas. São os famosos prédios comerciais, que abrigam todo tipo de serviço e comércio varejeiro, desde o térreo até o décimo segundo andar. Muitos desses prédios são híbridos, moradores têm de conviver com o comércio na porta ao lado.

O fato é que o centro de Florinópolis sofre grandes contrastes. Construções do século passado se recostam em prédios com arquitetura arredondada dos anos 60, os quais tentam aparecer mais que os vidros refletindo o sol dos modernos prédios comerciais.

Cascaes em Trânsito

Entre os dias 16 de Outubro e 14 de Novembro, ocorreu uma exposição bastante diferente. No ponto mais movimentado do centro de Florianópolis, o Terminal Integrado do Centro, foram expostas obras superdimensionadas do artista Franklin Cascaes. Foram 32 reproduções de esculturas, 26 desenhos, 10 manuscritos espalhados pelo terminal de ônibus urbano.

A exposição Cascaes em Trânsito, faz parte do projeto Cascaes 100+1, homenageando a idade que o artista teria se fosse vivo. Esse projeto envolveu arte, música, teatro, literatura e cinema. Confira o site do Projeto.Cascaes ficou famoso pelas suas produções artísticas ligadas às histórias de bruxas e boitatás dos moradores de Nossa Senhora do Desterro, hoje Florianópolis. Seus desenhos na maioria eram feitos com caneta nanquim, usando traços finos e detalhados para compor cada criatura mágica. Foi a partir de Franklin Cascaes, que a capital de SC tornou-se Ilha da Magia.

A exposição inesperada para os usuários do transporte público, foi uma ótima maneira de aproximar o povo da arte e história da cidade. Para quem nunca havia falado do artista, ficou conhencendo, para aqueles que já tinham tido contato, tiveram o prazer de ver as obras por todos os lados.

domingo, 25 de outubro de 2009

Daniel Goulart

Passeando pelos calçadões do Centro de Florianópolis, esbarramos por diversos artistas de rua. Apresento aqui hoje, um pintor chamado Daniel Goulart. Ele faz do calçadão da Deodóro, seu ateliê há muitos anos.
Segue uma rápida entrevista com o artista.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Centro de Florianópolis - Wikipédia

Como exercício da aula de Jornalísmo Online, procurei no Wikipedia o verbete "Centro Florianópolis" para sabermos quais informações estão presentes sobre o bairro. O objetivo do trabalho é editar, alterar e acrescentar conteúdo à descrição no Wikipédia. Portanto, segue o texto com as minhas alterações:

O Centro de Florianópolis, capital do estado brasileiro de Santa Catarina, concentra o maior número de pontos turísticos não naturais da cidade. É passagem obrigatória para quem vem à ilha por via rodoviária, por conter a cabeceira das pontes Hercílio Luz, Colombo Salles e Pedro Ivo Campos, além de abrigar o terminal rodoviário Rita Maria.

Sua avenida mais conhecida é a Avenida Beira Mar Norte (ou apenas Beira Mar) que, além de ciclovia e calçadão, possui alguns dos apartamentos mais caros da cidade (uma cobertura pode chegar a 6 milhões de reais). Nessa região do centro localiza-se a maior parte da área residencial, assim como o Shopping Beira-Mar, o primeiro shopping Center da cidade, construído em 1993 no local onde outrora fora o estádio de futebol do time Avaí Futebol Clube.

Alguns dos logradouros mais importantes e conhecidos dos moradores são as Avenidas Mauro Ramos, Rio Branco, Gama D`éça. Ruas Bocaiúva, Hercílio Luz e Almirante Lamego. O grande centro de compras é composto por ruas e calçadões, sendo os principais Conselheiro Mafra, Felipe Schmidt e Deodóro.

Nos calçadões há inúmeras lojas, prédios novos e antigos, na sua maioria comercial. Nessa parte mais movimentada do centro, encontra-se o TICEN (Terminal Integrado do Centro), onde passam milhões de passageiros de ônibus urbanos por dia. Atravessando a rua, chega-se no calçadão onde há o Camelódromo Municipal e o Mercado Público. Esse por sua vez, é conhecido pelas peixarias e bares.

Museus, espaços culturais e o Teatro Álvaro de Carvalho também fazem parte do cenário do Centro de Florianópolis. Assim como alguns dos Colégios mais conhecidos e de longa história, como Colégio Catarinense, Coração de Jesus, Menino Jesus, Energia, Tendência.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Breve história de Victor Meirelles

Continuando a falar sobre o Museu Victor Meirelles, escrevo aqui um post sobre esse grande artista ilhéu.

Nascido em 1832, seu pai era imigrante português e sua mãe brasileira. Cresceu no centro de Nossa Senhora do Desterro, hoje Florianópolis. A casa fica na esquina das antigas Rua da Conceição e Rua da Pedreira - atuais Rua Victor Meirelles e Rua Saldanha Marinho, respectivamente. A arquitetura do sobrado é típica da época, com janelas e portas altas, paredes extremamente grossas e chão de madeira escura.

Aos 13 anos, Meirelles começou a estudar desenho e dois anos depois já estudava na Academia Imperial de Belas Arte do Rio de Janeiro. Em 1853 vai para a Europa, onde passa maior parte da sua vida estudando artes e produzindo suas obras.

O quadro mais famoso de Victor Meirelles, Primeira Missa no Brasil, demorou cerca de três anos para ser produzido. Foi pintado e exposto pela primeira vez em Paris, onde morava na época.

Victor Meirelles morreu aos 71 anos de idade, no Rio de Janeiro, no domingo de Carnaval de 1903.

É interessante lembrar que a obra Primeira Missa no Brasil, só esteve em Florianópolis uma única vez, no ano passado. Foi exposta no MASC (Museu de Arte de Santa Catarina), localizado dentro do CIC (Centro Integrado de Cultura). O evento foi amplamente divulgado, recebendo visitação de diversos grupos de pessoas e fazendo o nome de Victor Meirelles ser lembrado.

sábado, 10 de outubro de 2009

Exposição - Guto Lacaz: Serigrafias

No post que fiz sobre os principais espaços culturais do centro de Florianópolis, citei o Museu Victor Meirelles. Como eu havia comentado, o Museu trata-se da casa onde Victor Meirelles cresceu, na qual o térreo era o armazem de onde seu pai tirava o sustento e o andar superior, a moradia.

Atualmente, o térreo é destinado a exposições de arte contemporânea, enquanto no piso superior encontra-se o acervo permanente de Victor Meirelles, com pinturas a óleo, aquarelas e desenhos de várias fases do artista.

Em visita ao Museu na semana passada, pude ver a criativa série Pequenas Grandes Ações, do artista Guto Lacaz. Trata-se de serigrafias apresentando mãos sempre em ação com aparelhos. É o contraste entre nosso corpo com os objetos que necessitamos no dia-a-dia.



(Youtube cortou o áudio desse vídeo. Farei upload no Vimeo assim que tiver a oportunidade)

sábado, 19 de setembro de 2009

Pálacio Cruz e Souza

Após uma listagem dos principais espaços culturais no centro de Florianópolis, resolvi fazer uma visita a alguns deles. No entanto, acabei batendo com o nariz na porta na maioria deles, pois não abrem no fim de semana.
Ora, se é esse o único momento que os cidadãos têm para relaxar e conhecer um pouco mais de arte e cultura, por que abrir esses espaços culturais apenas em horário comercial?

De qualquer maneira, fui até o Palácio Cruz e Souza. Lá, existe um espaço nos fundos (entrada pela Rua Trajano) que ocorre diversas exposições contemporâneas. No momento o artista Gustavo Maia estava expondo uma série de pinturas abstradas e bastante coloridas, chamada Multivesro.
Na entrada do Museu somos recebido por uma recepcionista, para qual devemos pagar a ínfima quantia de dois reais para visitar o andar superior do Palácio. Ela entrega um completo catálogo sobre o Palácio. No térreo ainda, existe uma sala com toda a história do edifício, além dos restos mortais de Cruz e Souza.

A escada para o segundo piso já anuncia a bela arquitetura e a variedade de cores e movimentos artísticos. Lá em cima uma funcionária nos instrui a usar "pantufas" e conta um breve histórico do local. Fotografar neste andar, não é permitido.
Cada sala deve ser olhada atentamente. São detalhes em todos os cantos, e nunca esqueça de olhar para alto teto, eles são diferentes para cômodo e temáticos, relacionando com o propósito da sala.









O Museu-Palácio Cruz e Souza é um lugar que inspira arte, arquitetura, história. Vale a pena conferir de perto.

sábado, 12 de setembro de 2009

Espaços Culturais

Não se pode falar de arte no centro de Florianópolis sem citar os princiapais museus e espaços culturais. Segue então uma lista dos nomes, localização e comentários de cada um.

Museu Histórico de Santa Catarina - Palácio Cruz e Sousa
Praça XV de Novembro, esquina com Tenente Silveira
O Palácio data o século XVIII e foi sede do Governo de Santa Catarina até 1984.
No acervo estão os mobiliários, utensílios e obras de arte originais da época.
O museu está aberto de terça-feira à domingo.

Museu Victor Meirelles
Rua Victor Meirelles, n° 59
Site: museuvictormeirelles.org.br
Casa do final do século XVIII, foi o local de nascimento do pintor, desenhista e professor Victor Meirelles de Lima. No andar de cima há uma exposição permanente do artista, e o térreo é um espaço cultural para artistas catarinenses.

Teatro Álvaro de Carvalho
Praça Pereira Oliveira, 26, junto à rua Marechal Guilherme
Site: tac.sc.gov.br
Inaugurado em Setembro de 1875, levou o nome do primeiro dramaturgo catarinense a partir de 1894. Hoje o teatro também possui um espaço para exposições.

Teatro da Ubro (União Beneficente Recreativa Operária)
Escadaria da rua Pedro Soares, 15
Foi fundado juntamente com a Semana da Arte Morderna em 1922. A capacidade é para 100 espectadores, e é administrado pela Fundação Cultural Franklin Cascaes.

Casa da Memória
Rua Padre Miguelinho, 58 esquina com e Rua Anita Garibaldi
Prédio construido na década de 20, quando abrigava o Partido Republicano Catarinense. Hoje, encontra-se documentações, videos, áudios, fotografias, bibliografias entre outros registros históricos culturais e artísticos de Florianópolis

Abaixo algumas fotos desses espaços culturais.






sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Arte musical

Andando pelo calçadão do centro ouvimos todos os tipos de músicas e barulhos. São panfleteiros gritando, buzina de algodão doce, rádio da farmácia, cego tocando gaita e por aí vai.
Mas uma dessas sonoridades merece um post especial. O nome dele é Ariel Cohelo.

Vindo de Buenos Aires, Ariel estuda música desde os seis anos de idade. Costuma se apresentar nas ruas de sua cidade natal, no Uruguai, em São Paulo, em Curitiba, em Porto Alegre e atualmente onde reside, Florianópolis.

O repertório apresentado é de belíssimas músicas clássicas espanhólas (catalã). Apenas com um violão e uma pequena caixa de som, Ariel Cohelo faz sua performance no calçadão da Rua Felipe Schmidt. Mesmo quem não entende de música, quem está apressado para o trabalho, pára e admira a habilidade do violonista. Ali mesmo, ele vende o CD que gravou há sete anos, por apenas R$15,00, de onde tira seu sustento.

Ariel Cohelo conta que existe dificuldades em tocar na rua, pois o seu repertório exige grande concentração, além disso o público que passa por ali não está acostumado com o estilo por ser uma música clássica. De qualquer maneira, Cohelo deixa claro que não gosta de tocar em bares ou restaurantes pela falta de respeito com o músico e o pagamento ruim.
O argentino pretende gravar um novo CD, apenas de tangos.

A seguir uma palinha de Ariel Cohelo tocando Libertango, de Astor Piazzolla:

sábado, 22 de agosto de 2009

Grafite ou pichação?

Em grandes centros é muito comum vermos paredes e muros pintados, seja com palavras, assinaturas ou desenhos. No centro de Florianópolis não poderia ser diferente. Mas antes de falarmos daqui, vamos deixar claro a diferença entre a grafitagem e a pichação.

A pichação é simplesmente rabiscos, frases ou nomes escritos em lugares ilegais. Podem ser com diferentes objetivos como insulto, protesto, demarcação de teritório, entre outros.
Já o grafite é aceito como uma arte visual. São feitos na maior parte das vezes em locais com autorização. O grafite se utiliza de técnicas bem mais complexas que a pichação, são desenhos mais elaborados e têm por objetivo interferir na estética urbana.

Diferenciados os dois termos, vamos à alguns dos íncriveis grafites que encontramos no centro de Florianópolis:


quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Do centro

Esse blog objetiva apresentar as diversas manifestações artísticas que encontramos no centro de Florianópolis.
Falarei aqui de arquitetura, pintura, música, fotografia e qualquer outra forma de expressão artística.